O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), disse à CNN que ele e outros governadores já entraram em contato com laboratórios internacionais para tentar comprar doses de vacinas contra a covid-19.
“Estamos lutando para encontrar quem venda e entregue em um prazo razoável”, afirmou, em mensagem por WhatsApp. Segundo ele, até agora há apenas “muitas conversas e promessas”. “Mas creio que vai andar”, escreveu.
De acordo com Dino, cada governador tem tentado fazer a compra “do seu jeito e com seus contatos”. Ele disse que começou a busca “oficialmente” há duas semanas.
No último dia 23, o plenário do Supremo Tribunal Federal confirmou decisão do ministro Ricardo Lewandowski que, em dezembro, autorizara estados, municípios e o Distrito Federal a importar imunizantes caso a quantidade oferecida pelo governo federal não fosse suficiente. Uma das ações que motivaram a decisão do STF foi impetrada pelo Maranhão.
No dia seguinte, o Senado aprovou projeto do presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), que também permite a compra de vacinas por estados, municípios e DF. A proposta foi envidada para a Câmara dos Deputados.
Dino ressaltou que a tendência entre os governadores é de que seja adotada uma política de distribuição proporcional de doses entre os estados, uma lógica que classificou de “três mosqueteiros”, numa referência ao lema (“Um por todos, todos por um”) dos protagonistas do romance de Alexandre Dumas: “Se alguém conseguir, divide os custos e as vacinas com os demais que quiserem”, afirmou.
Já o governador do Rio, Cláudio Castro (PSC), classificou de “incipiente” a busca por vacinas por parte dos estados. Ele, porém, confirmou a tendência de distribuição proporcional das doses que, segundo ele, seriam encaminhadas ao Ministério da Saúde, que faria os repasses.