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segunda-feira 22 de fevereiro de 2021 às 17:41h

Defesa de Lula diz que força-tarefa tentou “emparedar” STJ com investigação de familiares de ministros

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A defesa de Lula apresentou nesta segunda-feira (22) conforme informou a colunista Bela Megale, sobre uma nova leva de mensagens hackeadas da Lava-Jato ao Supremo Tribunal Federal (STF). Nessas mensagens, os advogados sustentam que integrantes da força-tarefa buscaram “emparedar” e “constranger ilegalmente” membros de tribunais que reviam decisões do juiz Sergio Moro. Entre estes estão desembargadores e ministro do Tribunal Regional Federal da 2a Região (TRF-2) e do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Em relação ao STJ, a defesa de Lula relata uma suposta estratégia da Lava-Jato para comprometer a independência de magistrados. A ideia, segundo a petição, seria envolver “investigações clandestinas (e ilegais) sobre familiares de membros dos Tribunais Superiores, para tentar atingir indiretamente os próprios ministros”.

Para embasar essa afirmação, os advogados de Lula usam conversas do grupo de procuradores iniciada em 23 de agosto de 2016 em que citam: “O STJ está se fechando com a história de que vamos buscar os filhos de ministros que advogam”. Em seguida, outro investigador alerta: “O nosso maior risco hoje ainda é a nulidade no STF, mais do que uma opinião pública contrária”.

A defesa de Lula destaca que, como os filhos dos magistrados não estavam envolvidos em temas ligados à Petrobras, a força-tarefa não teria competência para investigá-los.

Os advogados do petista também apontam pressão sobre membros do TRF-2, responsável pela análise dos casos da Lava-Jato fluminense. Eles afirmam que “a técnica do ‘emparedamento’ — ou da tentativa de constrangimento ilegal — foi admitida nas conversas da ‘lava jato’ que foram analisadas não apenas em relação aos Tribunais Superiores, mas também em relação a outros Tribunais”.]

A peça traz uma troca de mensagens de 5 de junho de 2016, em que procuradores da Lava-Jato do Rio de Janeiro relatam aos colegas de Curitiba: “Conseguimos emparedar o sujeito” — referindo-se à troca do relator natural da Lava-Jato do Rio, Ivan Athié, por outro magistrado do TRF-2, que seria “super favorável a nós”.

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