Na sessão desda última sexta-feira (19) em que o futuro do deputado Daniel Silveira (PSL-RJ) começou a ser decidido, o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) aproveitou para dar um recado aos pares: “Quero frisar, a partir de hoje, essa mesa será rigorosíssima com qualquer tipo de adjetivação inadequada no plenário desta Casa. Doa em quem doer. Tenham cuidado e responsabilidades com as falas dos senhores deputados dentro do plenário desta Casa”. Ao fundo, pode-se ouvir palmas em aprovação.
O recado do presidente veio logo após a fala da deputada Talíria Petrone, do PSOL do Rio de Janeiro. “O que está em jogo é se vamos insistir no fechamento do regime que alguns dessa casa apostam, defendendo o AI-5, o Ustra”, argumentou a parlamentar. E completou: “Aliás, quando o atual presidente Bolsonaro defendeu neste plenário, aquele que torturou, que defendeu que se enfiasse ratos em vaginas de mulheres na ditadura. Se ele, naquela altura, tivesse sido cassado, talvez nós aqui não estivéssemos vivendo um dos momentos mais tristes e perigosos da história brasileira. Daniel Silveira faz parte de um movimento antidemocrático que precisa ser encerrado e interrompido”.