“Temos um acordo com o Fundo Russo de Investimentos Diretos para trazer a vacina Sputnik V para o Brasil. E, em curto prazo, a Bahia deve ser o primeiro Estado brasileiro a aplicar o imunizante desenvolvido pelo Centro Nacional de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia da Rússia (Centro Gamaleya), com a chegada de 400 mil doses iniciais para atender à população”, declarou o secretário de Saúde da Bahia, Fábio Vilas-Boas, em visita, nesta quarta-feira (10) ao presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), deputado Adolfo Menezes.
Vilas-Boas ressaltou que era uma visita de cortesia, para desejar sucesso à gestão do novo presidente da ALBA, ao mesmo tempo em que estreita as relações entre a Saúde e o Parlamento da Bahia. “Foi muito significativo e muito simbólico que o presidente Adolfo Menezes tenha, logo após a sua posse, determinado que a ALBA ingressasse como amicus curiae na Ação Direta de Inconstitucionalidade, impetrada no STF, para importar e distribuir vacinas contra o novo coronavírus sem registro na Anvisa, desde que homologadas por uma agência reguladora internacional de referência”, disse Vilas-Boas.
O presidente Adolfo Menezes agradeceu a deferência da visita do secretário Fábio Vilas-Boas e disse que a ALBA estará sempre à disposição do Governo do Estado para legislar e aprovar leis que facilitem o combate à pandemia da Covid-19. “O secretário nos deu uma boa notícia, também, abrindo a possibilidade de vacinação dos profissionais do setor médico da Casa, o que já facilitaria a implantação do nosso cronograma de reabertura das atividades presenciais na Assembleia”, ressaltou o chefe do Legislativo baiano.
Vacina Russa
A Sputnik V – que leva o nome do primeiro satélite espacial soviético – o Sputnik-1, em 1957 – é a primeira vacina registrada do mundo baseada em vetor adenoviral humano, já tendo sido registrada em mais de 20 países. É, hoje, uma das três vacinas no mundo com mais de 90% de eficácia, calculada com base em dados de 19.866 voluntários que receberam a primeira e a segunda doses.
A vacina foi desenvolvida pelo Centro Nacional de Pesquisa em Epidemiologia e Microbiologia da Rússia, fundado em 1891 e que, em 1949, recebeu o nome de Nikolai Gamaleya, pioneiro da pesquisa russa em microbiologia. O custo de uma dose da vacina Sputnik V para o mercado internacional é inferior a US$ 10 e a sua forma liofilizada (seca) pode ser armazenada entre +2 e +8 graus Celsius, facilitando o envio para todo o mundo.