O ex-ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta avalia conforme o jornal O Globo, deixar o DEM após a legenda se aproximar do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Mandetta, que deixou o governo Bolsonaro em abril de 2020, se diz surpreso com a postura do presidente do partido, ACM Neto.
Neto incluiu, entre as opções para 2022, apoiar a reeleição de Bolsonaro. O ex-ministro e o dirigente partidário têm uma reunião presencial marcada para depois do Carnaval. Segundo o jornal, Mandetta disse nos bastidores que classifica como “improvável” a permanência na sigla.
Procurado, Mandetta evitou falar sobre o assunto e disse que só tomará sua decisão após uma reunião com ACM Neto. O ex-ministro, contudo, criticou Neto pela profusão de apoios que considera para o ano que vem — o dirigente avalia apoiar a reeleição de Bolsonaro, bem como as candidaturas do próprio Mandetta, de João Doria (PSDB), de Luciano Huck (sem partido) e de Ciro Gomes (PDT).
Outro descontente com o partido é o ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Ele confirmou que vai deixar o DEM para fazer oposição a Jair Bolsonaro. Maia afirmou que vai fazer o pedido de desfiliação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para “dormir tranquilo”.
Frustrado, Maia viu seu candidato na eleição à Presidência da Câmara abandonado em nome da aproximação de seu partido com o Presidente da República. Agora, Maia disse que o DEM regrediu aos tempos de Arena, voltando à extrema-direita.