Parlamentares e líderes do PDT, PCdoB e Cidadania aderem à hashtag “#Renova600” no Twitter em defesa à retomada do auxílio emergencial em 2021 no início da tarde desta segunda-feira, 8. Em meio à discussão sobre a retomada do benefício, o governo vem sendo pressionado a fazer novos pagamentos.
O líder do PDT na Câmara, deputado Wolney Queiroz (PE), defendeu que o auxílio é um pilar de “sobrevivência” para milhares de brasileiros. “Estamos nessa luta para amparar quem mais necessita!”. Já a líder do PCdoB, Perpétua Almeida (AC), apontou que a volta do auxílio é uma “questão humanitária”. “É hora do Congresso enfrentar mais uma vez Bolsonaro e votar o auxílio emergencial de 600, q foi a tábua de salvação p/ o povo sobreviver à fome, ao desemprego, a carestia dos alimentos, do gás de cozinha e da gasolina”, afirmou.
No pedido para votação do Congresso, a deputada federal Marília Arraes (PT-PE), que se lançou de maneira independente para a Mesa Diretora da Câmara, afirmou que “é dever do Congresso agir para garantir o retorno do benefício”. Já para Eliziane Gama (MA), líder do Cidadania, afirmou que “os reajustes do Bolsa Família e benefícios a trabalhadores desempregados não podem estar vinculados às negociações com o Congresso em torno de outras pautas comuns”.
O deputado José Guimarães (PT-CE) também aderiu à hashtag e afirmou que o “ritmo lento” da vacinação no País impede que a vida “volte ao normal”. “Em plena segunda onda, precisamos garantir proteção ao povo! Precisamos retomar o auxílio emergencial!”, afirmou, comentando que o auxílio trouxe “fôlego para a economia”.
Enquanto o governo diz que o não tem mais recursos para garantir o benefício, Guimarães afirmou que apelar pela falta de dinheiro “é mais uma desculpa esfarrapada da dupla Guedes/Bolsonaro”. Diante da alta do desemprego, o deputado do PT Waldenor Pereira (BA) também responsabilizou o ministro da Economia e o presidente e disse que eles “estão brincando com a vida dos brasileiros”.
A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, ainda ironizou a nova proposta estudada pela equipe de Guedes: “Governo Bolsonaro estaria cogitando auxílio emergencial de R$ 200 em três parcelas e ainda impondo condições, aderir à tal carteira verde amarela, que só precariza o trabalho e já deu errado. Esse é o tweet.”
A proteção do Estado aos mais vulneráveis é uma pauta comum entre os parlamentares que participam da hashtag. Para o deputado Henrique Fontana (PT-RS), “a pandemia não acabou e o povo ainda necessita da proteção do Estado. Milhões continuam desempregados e sem saber quando serão vacinados. A renovação do auxílio é URGENTE”.
A manifestação dos parlamentares no Twitter é alimentada pela divulgação de uma nota do Centro de Pesquisa em Macroeconomia das Desigualdades (Made) da FEA-USP, na semana passada. Segundo a divulgação, o benefício teve efeito importante na proteção das mulheres, em especial das mulheres negras, mitigando o aumento da desigualdade de renda de gênero e raça na pandemia.
Conforme apurou o Broadcast, sob pressão política e social, a equipe de Guedes discute a prorrogação do auxílio emergencial com lideranças do Senado e da Câmara, mas trabalha para conter a proposta dos parlamentares de manter os R$ 300 pagos nas últimas parcelas. Assim, um valor de R$ 200 é considerado “mais viável” pela equipe econômica e a ideia é que sejam contemplados os beneficiários do Bolsa Família e os que estão na fila aguardando para serem incluídos no programa assistencial.