Pivô da crise que detonou a candidatura de Baleia Rossi (MDB-SP), o DEM termina as eleições da Câmara e do Senado sob críticas e elogios.
A principal impressão consolidada entre políticos de lados diferentes é a de que a sigla escolheu o caminho do pragmatismo.
Para líderes partidários, o DEM vai ficar esperando de longe a articulação para 2022.
E sobre o DEM virar o PP, isso significa, em termos políticos, a representação máxima do centrão, do fisiologismo. Integrantes do DEM refutam a comparação, dizem que se tratou de inteligência política e que não se venderam por cargo algum.
Além de ser chamado de traidor por integrantes do bloco de Baleia, como mostrou a coluna Painel do jornal Folha de S. Paulo nesta última segunda-feira (1°), o presidente do DEM, ACM Neto, teria apoio dos deputados e confiança deles, caso decidisse ser vice na chapa de Bolsonaro. Neto negou e disse que objetivo é a Bahia. Mas alguns colunistas afirmam que como a base de Rui Costa (PT) continuará unida no próximo ano, conforme confirmou os presidentes do PSD e PP na Bahia, ACM Neto pode sair candidato ao Senado ou ser mesmo o vice-presidente de Bolsonaro.
E entre amigos de Neto, a opinião é a de que Rodrigo Maia (DEM-RJ) foi quem se afundou sozinho. De acordo com essas pessoas, o agora ex-presidente não teve capacidade de articular sua base mesmo sentado na cadeira.
ACM Neto fala em entrevista sobre apoio do DEM a Bolsonaro; confira