A decisão do DEM na noite deste último domingo (31), de abandonar Baleia Rossi e optar pela neutralidade, foi o maior golpe até agora na campanha do emedebista.
Ontem ainda, líderes dos partidos que o apoiam dispararam ligações para suas bancadas e tentavam segundo a coluna Radar, minimizar o episódio.
A avaliação no grupo de Baleia, até esse anúncio do DEM, era de que a campanha conseguiu se recuperar durante a semana e estava convicta da realização ao menos do segundo turno na disputa com Arthur Lira (PP-AL).
Líder da maior bancada na Câmara, o PT, Enio Verri, do Paraná, mostrava-se otimista e fazia sua conta.
Verri afirmou que o grupo acredita que, dos 513 deputados, 500 devem aparecer para votar. Desse total, cerca de 60 votos devem se destinar, no primeiro turno, para os outros 6 candidatos, todos azarões, que estão na briga. Baleia e Lira estão fora. São favoritos.
“Ou seja, sobram 440 votos entre os dois disputados palmo a palmo neste momento. Difícil que um dos lados obtenha maioria (257 votos) para vencer de imediato. Terá segundo turno. Aí, acreditamos na vitória”, disse Verri.
Outro argumento do grupo pró-Baleia: é natural que a turma de Lira alardeia apoio ao candidato do Planalto. É parte do “toma lá, dá cá” com o governo.
O alarde, dizem, é inimigo da candidato do MDB. Mas o impacto com a decisão do DEM ainda é incalculável.