A maior bancada teria o direito de indicar o presidente da Casa. No caso, é o MDB, com 15 senadores
Na tentativa de impugnar a candidatura de Rodrigo Pacheco (DEM-MG), o senador Jorge Kajuru (Cidadania-GO) entrou com mandado de segurança no Supremo no qual pede respeito à proporcionalidade na eleição para o comando do Senado. Ou seja, a divisão de poder, para Kajuru, deve ocorrer de acordo com o tamanho das bancadas na Casa.
Por esse critério, a maior bancada teria o direito de indicar o presidente da Casa. No caso, é o MDB, com 15 senadores. Kajuru apoia a candidatura de Simone Tebet (MS).
No pedido, ele cita trecho do artigo 58 da Constituição, que diz: “Na constituição das Mesas e de cada Comissão, é assegurada, tanto quanto possível, a representação proporcional dos partidos ou dos blocos parlamentares que participam da respectiva Casa”.
Kajuru aponta, no mandado de segurança, possíveis interferências do Executivo na disputa no Senado.
“Para garantir a eleição do seu escolhido, o Chefe do Poder Executivo tem feito inúmeras intervenções e cooptações (como se referiu o Senador Tasso Jeiressati), o que inclui distribuição de cargos e liberação de emendas”, diz.
Pacheco é também o nome da maioria da oposição. PT e PDT declararam apoio a ele.
Embora apoie Tebet, Kajuru vai manter candidatura à Presidência do Senado. Ele quer garantir os 10 minutos de discurso concedidos aos postulantes.
Segundo o senador, integrantes do Muda Senado incentivam a estratégia por “ele ser o único que vai fazer críticas contundentes a Alcolumbre e Pacheco”. Depois de discursar, ele deve desistir da disputa.