Polícia Federal trocou, na última terça-feira (18), a chefia da escolta da campanha de Jair Bolsonaro (PSL-RJ), candidato à Presidência da República. O delegado Daniel França foi substituído por Antonio Marcos Teixeira, que comandava a divisão de segurança de dignitários da PF.
No dia 6 de setembro, Bolsonaro foi esfaqueado durante um ato da campanha, em Juiz de Fora (MG). A Folha de S.Paulo informou nesta terça que Daniel França não estava na cidade acompanhando o candidato no dia do atentado e que os agentes da escolta não tinham rádio para se comunicar. Eles improvisaram enviando mensagens num grupo de Whatsapp.
Policiais federais disseram à reportagem, com a condição do anonimato, que o ideal seria a comunicação por rádio, que permitiria que eles ficassem com as mãos livres para quando precisassem agir.
A PF disse, em nota, que “rádio nem sempre é o meio de comunicação mais indicado em situações de multidão”. A nota não explicou a razão da ausência de França em Juiz de Fora e disse que sua função era “viabilizar o trabalho de segurança, nem sempre realizada em campo”.
Na sexta (14), a Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais) protocolou um questionamento direcionado ao diretor-geral da PF, Rogério Galloro, sobre os critérios para a escolha dos chefes das equipes responsáveis pela segurança dos pré-candidatos à Presidência.
O documento dizia que “delegados sem nenhuma experiência na função têm sido convocados para assumir a coordenação das equipes, o que representa um risco para a atividade”. Questionada pela reportagem, a PF não se manifestou sobre o documento e nem sobre a substituição na chefia.