Conforme matéria de Rodrigo Daniel do jornal Tribuna, após conquistar os apoios do PDT e do PL na eleição soteropolitana do ano passado, a oposição baiana mira agora o Partido Progressista de olho na sucessão do governador Rui Costa (PT) em 2022. Para fortalecer a virtual candidatura de ACM Neto (DEM) ao governo da Bahia, os oposicionistas querem conforme a publicação, agregar a sigla do vice-governador João Leão ao grupo político. Neste cenário, os adversários de Rui apostam em uma racha na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).
Segundo deputados da oposição ouvidos pela Tribuna, o “sentimento majoritário” dentro da bancada da minoria hoje é de apoio à candidatura de Niltinho (PP) para a presidência da AL-BA. A intenção é enfraquecer o também postulante Adolfo Menezes (PSD), que teria o apoio do governador. Rui apoiaria o pessedista por causa de um acordo firmado entre Adolfo e o atual presidente Nelson Leal (PP), que tem dado sinais que não cumprirá. Pelo pacto, Leal comandaria a Casa no biênio 2019-2021, e Adolfo nos anos 2021 e 2022.
O chefe da AL-BA, no entanto, segundo um parlamentar da minoria, tem trabalhado e “abriu a torneira” de recursos para fortalecer a candidatura de Niltinho. Nesta semana, Leal deixou claro que o PP não vai abrir mão da Assembleia, e declarou que “os partidos (PP e PSD) vão para o bate-chapa”. Além de apoiar os progressistas no Legislativo baiano, a oposição pretende dar sustentação à candidatura do prefeito de Serrinha, Adriano Lima (PP), na disputa pela União dos Municípios da Bahia (UPB), uma espécie de “sindicato dos prefeitos”.
Nesta semana, o prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), elogiou Lima e disse que é o “mais preparado”. “Vejo com muita simpatia (a candidatura de Lima), pela relação histórica que tem comigo, pela amizade e parceria, posso dizer que é um amigo pessoal, que é o prefeito de Serrinha, Adriano Lima. Ele é o nome de todos que estou vendo, se realmente se confirmar, que vejo como um que está mais preparado. É prefeito de uma cidade importante, fez um grande trabalho e se reelegeu bem”, pontuou.
Na disputa pela prefeitura de Salvador, a oposição conseguiu conquistar o apoio do PL e do PDT, que eram partidos da base do governador Rui Costa. No entanto, as siglas devem perder as secretarias que têm na gestão petista. Em compensação, ganharam espaço na administração soteropolitana. No governo de Bruno Reis, os pedetistas comandam as secretarias da Saúde (Leo Prates) e Governo (Ana Paula Matos). Além disso, chefia da Empresa de Limpeza Urbana do Salvador (Limpurb), com Omar Gordilho, que é ligado ao presidente estadual do PDT, o deputado federal Félix Mendonça Júnior. Já o PL indicou o titular da Secretaria de Tecnologia e Inovação de Salvador, pasta que foi criada no governo de Bruno Reis. O indicado foi Samuel Araújo, filho do presidente do PL na Bahia, o ex-deputado José Carlos Araújo.