O prefeito eleito de Salvador, Bruno Reis (DEM), disse neste sábado (26) em entrevista ao Bahia Meio Dia que não vai esperar pela decisão do Governo Federal para adquirir as vacinas e iniciar a imunização na capital baiana.
“Nós sabemos que a política nacional de vacinação é responsabilidade do Governo Federal, do Ministério da Saúde, o fornecimento da vacina, ficando sob a responsabilidade dos municípios e do Estado, a distribuição a vacinação. Nós já adquirimos seringas, agulhas, já temos os freezers, mas Salvador não vai esperar somente o Governo Federal”, disse Bruno Reis.
“Nós já estamos adotando providências, desde quando passou a eleição, nós oficializamos o pedido ao Instituto Butantan, para aquisição das vacinas. São 103 mil doses porque são os profissionais que atuam em Salvador, na área de saúde, tanto da rede pública, como da rede privada”, completou o prefeito eleito.
Segundo Bruno Reis, foi feito um contato inicial com a Pfizer, mas a empresa não tem mais vacina para fornecer ao país, por causa da indecisão do Governo Federal.
“Nós partimos para negociar com outros dois laboratórios, com a Johnson & Johnson e com a Moderna, esses dois sinalizaram o desejo de poder fazer a venda para a gente. Nós já separamos em torno de R$ 60/R$ 80 milhões para adquirir essas doses e a nossa expectativa é poder, em janeiro, consolidar essa compra e iniciar a vacinação na nossa cidade”, explicou Bruno.
De acordo com o prefeito eleito, a capital baiana já tem capacidade para armazenar e iniciar a vacinação, assim como insumos preparados.
“Aqui em Salvador, conforme o plano municipal que já fizemos de vacinação, nós temos a necessidade para imunizar acima de 60 anos e os profissionais envolvidos no combate à pandemia, principalmente na área de saúde. Algo em torno de USD 380 dólares. Então, essa é a nossa meta a ser perseguida nesse momento”, comentou Bruno.
Bruno Reis disse que o planejamento de vacinação foi definido por escalas de prioridade, sendo os primeiros a vacinar: profissionais de saúde e o público acima de 60 anos.
“Então, profissionais de saúde, público acima de 60 anos, já está pronto. A nossa estratégia de vacinação. Qual é a maior dificuldade? É ter a vacina, nós esperamos que o Governo Federal faça sua parte, adquira as vacinas para gente. Que o governo estadual, que também está fazendo esforço próprio, possa avançar. E a prefeitura, com recursos próprios, vai ter a disposição de adquirir as vacinas”, explicou o prefeito eleito.
De acordo com Bruno Reis, muitas pessoas estão concordando com a imunização. Haverá uma campanha de vacinação para mostrar a importância da vacina.
“Qualquer vacina que a gente venha a adquirir, não há preconceito com nacionalidade, deixamos de lado qualquer questão política, o importante é ela ter o reconhecimento dos órgãos de controle e, principalmente, ter eficácia acima de 90%, que é o mais recomendável. Nós vamos fazer uma campanha de vacinação mostrando a importância das pessoas se imunizarem. A vacina não será obrigatória, apesar do Supremo Tribunal Federal ter encaminhando uma decisão nesse sentido”, disse o prefeito eleito.
Bruno Reis espera que, em janeiro de 2021, já possa começar a vacinação em Salvador. Além dos profissionais de saúde e idosos, ele pensa em incluir os professores no grupo de prioridade.
“Nós já tivemos o ano de 2020 comprometido, a educação não só de Salvador, mas da Bahia e do Brasil, é se a gente consegue incluir os professores como público prioritário para que a gente possa voltar as aulas com tranquilidade e uma segurança maior”, completou Bruno.