Cientistas britânicos estão testando um novo medicamento, desenvolvido pela AstraZeneca e pela University College London Hospitals (UCLH), que deve impedir que pacientes expostos ao coronavírus desenvolvam a Covid-19. A informação foi publicada pelo jornal The Guardian na sexta-feira (25).
“Se pudermos provar que este tratamento funciona e evitar que as pessoas expostas ao vírus desenvolvam a Covid-19, será uma adição emocionante ao arsenal de armas que estão sendo desenvolvidas para combater esse vírus terrível”, disse a virologista Dra. Catherine Houlihan, líder do estudo na UCLH.
O medicamento, que é um coquetel de anticorpos, deve gerar imunidade por seis a 12 meses. Segundo Houlihan, 10 participantes já receberam o fármaco, que deverá ser administrado em duas doses, uma após a outra. “Até o momento, injetamos em 10 participantes – funcionários, alunos e outras pessoas – que foram expostos ao vírus em casa, em um ambiente de saúde ou em salas de estudantes”, explica a virologista.
O remédio deve ser injetado em pessoas que entraram em contato com o Sars–CoV–2 nos oito dias anteriores à aplicação, como em pacientes internados, em asilos para conter surtos, em famílias em que algum membro testou positivo para Covid-19 e em estudantes universitários que estão diariamente expostos ao vírus. Se for aprovado pela agência reguladora, a droga deverá ficar disponível entre março e abril de 2021.