O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, não quis decidir sobre um pedido feito pela defesa de Lula na última sexta-feira (18). De acordo com a coluna de Bela Megale, os advogado solicitaram a paralisação de um processo da Lava-Jato de Curitiba que acusa o ex-presidente, Antônio Palocci e Paulo Okamotto de suposta lavagem de dinheiro por meio de doações feitas pela Odebrecht ao Instituto Lula.
Em despacho nesta quarta-feira (23), Fux disse que o caso não é de urgência e determinou que a solicitação seja remetida ao relator, o ministro Edson Fachin. A defesa de Lula avalia se pedirá a Fux que reconsidere a sua decisão, já que o prazo dado para que apresente respostas às acusações feitas contra o petista vence em 7 de janeiro. Fachin, no entanto, só deve retomar os trabalhos em fevereiro devido ao recesso do judiciário.
Na reclamação encaminhada a Fux, os advogados de Lula relatam que o juiz da 13a Vara Federal de Curitiba, Luiz Antônio Bonat, determinou que eles apresentassem a resposta às acusações sem que tivessem acesso a todos os documentos citados na denúncia. Por isso, pedem a suspensão do processo até terem a a íntregra do material. Os representantes do ex-presidente também solicitam que o mesmo prazo concedido aos procuradores para elaborar a denúncia seja dado a eles. Segundo a defesa de Lula, a força-tarefa paranaense demorou oito meses para apresentar o material.