Hoje é o penúltimo dia para ACM Neto dizer se topa disputar o governo ou não. Até a noitinha de ontem, ele não convocou coletiva, não marcou reunião, nada falou sobre a forma como vai anunciar a decisão. Pelo contrário, vai à noite a posse de Ricardo Alban na Fieb, na condição de prefeito.
Neto está inquieto e os aliados dele também. Embora a todo instante proclamasse a indefinição, sempre pautou as agendas com bossa de candidato.
No lado administrativo, programou todas as inaugurações possíveis para até agora, o comecinho de abril, prazo final para a desincompatibilização. E politicamente usou até o limite a influência do amigo Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara, na tentativa de atrair novos aliados baianos via Brasília, como o PP e o PR. Dizia que não sabia, mas agia como quem caminhava para a candidatura. Se assim não for, vai contrariar toda a lógica da estratégia.
Chapa
Ontem alguns davam como favas contadas que Neto estava fora da briga. Criou a dúvida. Outros, muito pelo contrário, estrilavam otimismo, dizendo, inclusive, que a chapa está pronta: Neto governador, Zé Ronaldo (DEM) e o deputado Jutahy Junior (PSDB) para o Senado, além do deputado João Gualberto, que é do PSDB, mas migraria para o PR, vice.
Estes dizem que Neto não tem opção. Quer ficar como prefeito, mas vai ter que ir. Ou o grupo dele implode.
Por Levi Vasconcelos