O candidato apoiado nos bastidores pelo Palácio do Planalto, Arthur Lira (PP-AL), o líder do Centrão, já anunciou a adesão de PSD, Avante, PL, PSC, Pros, PTB, Patriota, Republicanos e Solidariedade, totalizando 200 parlamentares
O ministro das Comunicações, Fábio Faria (PSD), disse que o governo precisa vencer a eleição para a presidência da Câmara, que ocorre no dia 1º de fevereiro de 2021, e citou a agenda conservadora, tema caro à bancada evangélica e a parte do eleitorado do presidente Jair Bolsonaro. “Interessante ver a divisão dos blocos na disputa pela Pres da Câmara. Ficando claro quem é esquerda e direita”, escreveu Faria em sua conta oficial no Twitter.
“Para avançarmos nas reformas econômicas e pautarmos a agenda conservadora temos que vencer a eleição. Aí, teremos tranquilidade para manter a retomada econômica do Brasil”, destacou o ministro. Em entrevista à revista Veja, Faria já havia dito que Bolsonaro precisa ter um aliado no comando da Câmara, mas sem fazer menção direta às demandas conservadoras.
Avessos à pauta de costumes defendida por Bolsonaro, os partidos de esquerda decidiram ontem aderir ao bloco do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que ainda deve lançar um candidato à sua sucessão. PT, PDT, PSB, PCdoB e Rede se juntaram a partidos de centro e centro-direita, como MDB, PSDB, Cidadania, PV e PSL, além do próprio DEM. Ao todo, as 11 siglas somam 281 votos.
O candidato apoiado nos bastidores pelo Palácio do Planalto, Arthur Lira (PP-AL), o líder do Centrão, já anunciou a adesão de PSD, Avante, PL, PSC, Pros, PTB, Patriota, Republicanos e Solidariedade, totalizando 200 parlamentares.
No entanto, o voto para a eleição da presidência da Câmara é secreto, o que abre brecha para dissidências, apesar da orientação partidária.