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domingo 20 de dezembro de 2020 às 06:01h

“Não terei problema em discordar de Rui se eu for eleita”, diz Cibele Carvalho que busca ser presidente da UPB

NOTÍCIAS, POLÍTICA


Candidata a presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), Cibele Carvalho (PT) disse, em entrevista ao jornal Tribuna, que terá uma postura independente, se eleita para o cargo, e afirmou ainda que “não terá problema em discordar” do governador Rui Costa (PT) para defender os interesses dos prefeitos.

“Quem me viu passar pela Serin (Secretaria de Relações Institucionais) sabe que quando estou em uma instituição, eu não tenho partido. Atendi vários deputados federais e estaduais da oposição ao governo da Bahia, enquanto secretária e não fiz nenhuma distinção em relação aos partidos políticos. Atendi as demandas assim como atendi de qualquer um (político) da base. Eu em um cargo, como esse, não poderei ser partidária. Sendo presidente da UPB, não vou ter partido. Vou ser presidente de todos os partidos e políticos. Não vai ter problema em discordar ou colocar do outro ponto de vista que vá aos interesses dos prefeitos e prefeitas. (Não tem problema em divergir) nem do governo federal nem estadual”, declarou.

Cibele se esquivou quando questionada se pretende construir uma candidatura com apoio de prefeitos oposicionistas. “Eu estou conversando com todos. Todos os prefeitos e prefeitas independente do partido político. Estou conversando com todos. Não estou vendo quem é base e nem quem é oposição. O momento não é esse”, pontuou. Segundo a petista, ela conversou “muito pouco” com o governador sobre a candidatura, já que está dedicada à transição para a Prefeitura de Rafael Jambeiro. Ela foi eleita prefeita da cidade no pleito deste ano.

A candidata contou ainda que dialogou com o senador Otto Alencar (PSD), que, segundo ela, informou que seu partido não lançará candidato. A postulante disse, porém, que não conversou com o atual chefe da UPB, Eures Ribeiro (PSD). Cibele minimizou o fato de ser candidata pelo PT, no momento em que o partido diminuiu o número de prefeituras. A sigla, que chegou a eleger 93 prefeitos baianos em 2012, neste ano, conquistou apenas 32.

“Não é uma candidatura do Partido dos Trabalhadores. É uma candidatura suprapartidária, porque é uma entidade municipalista e supera todas essas questões partidárias. A entidade não tem partido político. A gente pretende fazer um trabalho para todos que são associados. É o maior patrimônio dos prefeitos e das prefeitas, a UPB”, disse. “O PT diminuiu o número de prefeituras, mas não diminuiu a sua força política. Tendo em vista que temos um governador que é do PT, temos um senador que é do PT. O projeto liderado pelo governador ainda tem mais de 300 prefeituras, porque são partidos da base. A gente não olha o partido isolado. O partido tem uma base ampla”, asseverou. Ela contou que suas principais propostas são buscar alternativas para diminuir o desemprego nos estados,e fortalecer a agricultura familiar nos municípios.

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