A farmacêutica Pfizer está negociando com o governo dos Estados Unidos para fornecer mais 100 milhões de doses de sua vacina contra a Covid-19 durante o ano de 2021, afirmou nesta segunda-feira, o CEO da empresa, Albert Bourla.
Em entrevista à emissora “CNBC”, Bourla explicou que a empresa teria condições de entregar essas doses no terceiro trimestre do ano que vem, mas Washington insiste em tê-las para o segundo trimestre.
“Estamos trabalhando de forma muito colaborativa para tentar encontrar uma solução e poder fornecer essas 100 milhões (doses) no segundo trimestre ou muitos delas”, explicou Bourla, destacando que por enquanto não há um acordo fechado.
Cada pessoa precisa de duas doses dessa vacina, então esse número serviria para imunizar 50 milhões de cidadãos.
Até agora, a Pfizer acordou com os EUA o fornecimento de 100 milhões de doses de sua vacina durante o restante do ano e os primeiros meses de 2021, em troca de US$ 1,95 bilhão.
Conforme revelado na semana passada pelo jornal “The New York Times”, o governo de Donald Trump recusou meses atrás uma oferta da empresa farmacêutica para comprar doses adicionais.
A vacina, já aprovada pelas autoridades americanas, começou a ser fornecida hoje no país, dando início a uma campanha em massa de imunização.
Além da vacina da Pfizer e de sua parceira BioNTech, a expectativa é que a desenvolvida pela americana Moderna, que pode obter autorização emergencial nesta semana, comece a ser administrada em breve.
Nesta segunda-feira (14), as ações da Pfizer em Wall Street abriram um pouco em alta, mas 45 minutos após o início das operações, caíram 1,75%.
Já as ações da Moderna subiram 1,67% ao mesmo tempo, continuando a escalada espetacular que protagonizaram nos últimos meses.