Conforme a coluna de Vera Rosa, no Estadão, a publicação diz que, “de olho nos votos do PT, Arthur Lira pediu uma conversa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva”.
A assessoria de Lira ainda não confirmou sobre essa informação, mas é fato que o deputado de Alagoas tem intensificado os contatos com lideranças petistas — o PT tem a maior bancada da Câmara, com 54 deputados. Um deputado do PP, partido de Lira, confirmou a este site, em reservado, que o candidato procurou não apenas Lula, mas também José Dirceu.
O líder do PT, Enio Verri, afirmou ao site O Antagonista que não foi informado de uma eventual conversa entre Lira e Lula.
“De repente, o Arthur está tentando diretamente com o presidente.”
Sobre o posicionamento do partido na sucessão de Rodrigo Maia, Verri comentou:
“A nossa expectativa é para a reunião da executiva nacional do partido, que vai acontecer amanhã. Nós precisamos da autorização do partido para tomar os procedimentos. Vamos levar à executiva a sugestão de integrarmos algum bloco já formado. Se conseguirmos aprovação, vamos negociar com os blocos.”
Ao confirmar que o apoio a Lira, portanto, não é “opção descartada”, questionamos o líder petista sobre como explicar para a militância uma aliança com um candidato de Bolsonaro.
“Não é simples. Mas eu não posso dizer o que eu penso. O que posso dizer é que a vida é dura.”
Um outro experiente deputado petista, em reservado, disse a O Antagonista que, se Lira procurou Lula, o ex-presidente não topará conversar, nem apoiar o deputado alagoano. É o mesmo parlamentar que estima que Lira não tenha “nem 10 votos na bancada”, como registramos mais cedo.
O líder do PL, Wellington Roberto, muito próximo de Lira, disse não saber de conversa entre o candidato e o ex-presidente. “Mas o Arthur, pela postura dele, tem amizades dentro de todo o Parlamento, de todos os partidos”, ponderou.