Com o voto do presidente do STF, ministro Luiz Fux, na noite desse último domingo domingo (6), a Corte sepultou a possibilidade de os atuais presidentes da Câmara e do Senado buscarem a reeleição nas eleições de fevereiro.
As críticas da classe política e da opinião pública pesaram na avaliação de alguns ministros que se mostravam abertos à possibilidade, mas que terminaram por votar contra os projetos pessoais de Davi Alcolumbre (DEM) e Rodrigo Maia (DEM).
A decisão do STF acabou operando como uma espécie de abertura oficial da corrida que já se desenrolava nos bastidores há semanas, atrapalhando inclusive a importante pauta de votações das duas Casas.
Ainda que não tenham conseguido levar adiante o sonho da reeleição, Maia e Alcolumbre seguirão como fortes cabos eleitorais na sucessão.
Nesse ponto, de acordo com a coluna Radar, quem virtualmente sai na frente é o MDB, que já ensaiava articulações para disputar a presidência do Senado e que, na Câmara, tem em Baleia Rossi um dos nomes capazes de aglutinar forças contra o candidato governista Arthur Lira.
O maior argumento para a reeleição de Maia e Davi — evitar que o governo leve para a pauta do Congresso a distorção política vista no Executivo — continua sendo o fator que guiará um bloco relevante de parlamentares nesse processo.