O ex-ministro da Casa Civil e ex-governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), defendeu nesta quinta-feira (13) que os partidos do campo democrático devem se unir caso o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, passe para o segundo turno na disputa presidencial.
O petista defendeu inclusive uma eventual aliança entre PT e PSDB para derrotar o militar caso esse cenário se confirme e disse que dialogará “com muito gosto” com os tucanos caso seu partido lhe dê essa missão.
“Esse jogo de canto de rua não está ajudando a gente. Só está ajudando a nascer coisa ruim na política”, disse.
Na chegada para a posse do ministro Dias Toffoli como novo presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Jaques lembrou que os dois partidos têm uma origem em comum, apesar de terem caminhado para campos adversários.
“Ou a gente vai colocar um grau de responsabilidade na atuação política da gente ou vamos ficar cada vez mais execrados pela opinião pública”, disse.
Para ele, o segundo turno da eleição presidencial será disputado pelo PT e pelo PSL. Ele acredita que a transferência de votos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad “será consistente”.
“Se der uma hecatombe e o Haddad não for para o segundo turno, você vai votar em quem se for com o Bolsonaro? No outro candidato”, disse.
Para ele, a disputa entre Haddad e Ciro Gomes, do PDT, por uma vaga do campo da esquerda ao segundo turno não atrapalhará um eventual acordo entre as duas siglas.
“Quando ele [Ciro] falou de poste, sabe que não está falando a verdade. Haddad foi prefeito, foi ministro e tem formação consistente”, ressaltou.