Um levantamento parcial sobre as doações feitas por partidos mostra que o PSL é a legenda que mais doa para candidatos de outras siglas nestas eleições municipais. Embora seja o segundo partido com mais recursos do fundo eleitoral, R$ 199,4 milhões, ele é o 12º em quantidade de candidatos a prefeito, então optou por financiar candidaturas de aliados.
De acordo com o portal Metrópoles, as informações disponibilizadas no repositório de dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) mostram que o saldo do partido – calculado a partir da subtração do que foi doado com o total recebido – foi de -18.757.244,33 reais.
Um dos beneficiários dessa estratégia foi o candidato à Prefeitura de Salvador, o vice-prefeito Bruno Reis (DEM). Até esta sexta-feira (6), ele recebeu R$ 631 mil da direção municipal do PSL, cujo presidente é o secretário municipal de Trabalho e Esporte e candidato a vereador, Alberto Pimentel, e mais R$ 569 mil da direção nacional. O total, R$ 1,2 milhão, coloca o partido como o terceiro maior doador da campanha.
Questionado sobre a estratégia pelo Metrópoles, o PSL respondeu em nota. “Estabelecemos coligações políticas por acreditar na força da democracia, estimulando candidaturas consideradas estratégicas e sempre respeitando as realidades políticas locais”, diz o texto.
O levantamento analisou ainda os partidos que mais ganharam de outras siglas e o resultado mostrou PSDB, DEM e MDB como os mais favorecidos. De acordo com o portal, nos três casos, eles possuem candidatos competitivos, com grandes coligações. É exatamente o caso de Bruno, que tem 15 partidos coligados e desponta como o favorito a vencer a eleição