O Senado dos Estados Unidos aprovou nesta última segunda-feira (26) a nomeação da juíza Amy Coney Barrett para ocupar uma vaga na Suprema Corte norte-americana. Ela foi indicada ao cargo pelo atual presidente, Donald Trump. A votação teve 52 votos favoráveis e 48 contrários.
A nova juíza da Suprema Corte vai ocupar a cadeira que pertenceu à Ruth Bader Ginsburg, morta em setembro deste ano. A indicação da juíza causou acaloradas discussões nos Estados Unidos, em virtude da proximidade das eleições no país, marcadas para o dia 3 de novembro.
Cerca de 2 horas depois de ser aprovada pelo Senado, Barrett tomou posse no cargo, em uma cerimônia na Casa Branca. Ela deve começar a trabalhar a partir de terça-feira (27).
Opositores do presidente Donald Trump defendiam que a indicação deveria ser feita depois do pleito, para que o vencedor pudesse colocar 1 nome de confiança no cargo. Atualmente, o democrata Joe Biden está na frente, nas pesquisas de opinião e tem chance real de ocupar a Casa Branca a partir de 2021.
O atual presidente, no entanto, defende que é 1 direito dele colocar qualquer pessoa no cargo, já que é ele quem tem a prerrogativa para tal. Com perfil conservador e alinhada às ideias do partido Republicano, Barrett deverá aumentar ainda mais a maioria dessa vertente política na Suprema Corte.
Nos Estados Unidos, a indicação para a Suprema Corte é semelhante ao que acontece no Brasil, nas indicações para as principais cortes, como o STF (Supremo Tribunal Federal). Os membros são indicados pelo presidente. Para assumirem os cargos, precisam ser aprovados pelo Senado. A principal diferença está na aposentadoria. No Brasil, é compulsória e ocorre quando o magistrado chega aos 75 anos de idade. Nos EUA, o juiz só se aposenta se quiser, já que o posto é vitalício.