Você já deve ter ouvido falar de Isabela Conde, a fisioterapeuta baiana que levou mais de 60 golpes de faca a mando do seu ex-namorado e só sobreviveu ao se fingir de morta. O fato ocorreu no dia 28 de fevereiro de 2019. Hoje, ela defende o combate ao feminicídio, não por apoio, mas por ter sentido na pele o que é sofrer violência doméstica.
Aos 37 anos, Isabela tenta uma vaga na Câmara de Salvador pelo Partido Progressista e traz projetos em prol das mulheres, levando esta bandeira como seu principal objetivo de vida.
De acordo com a candidata, muita mulheres dependem financeiramente de seus agressores, e seus projetos, visam trazer independência para elas. A “Casa de Amparo”, é o local em que a mulher terá apoio jurídico e psicológico, “Capacitação Móvel”, onde carros de apoio serão direcionados aos bairros mais carentes de Salvador, levando qualificação, com cursos rápidos e em 5 dias, essa mulher irá aprender uma profissão e trabalhar de forma autônoma, além do “Atendimento Multidisciplinar Home Care”, levando também aos bairros, um sistema de atendimento de saúde com uma equipe multidisciplinar incluindo fisioterapia, psicologia e enfermagem dentro do ambiente doméstico, para idosos e para crianças com deficiências físicas. Estas são algumas propostas de Isabela.
“Não quero que outras mulheres contem com a sorte, ou com um milagre, como foi o meu caso, é preciso trabalhar em prol delas através de políticas públicas e o nosso município tem que estar propondo para que estas mulheres venham a ter a sua independência. Não precisamos esperar que aconteça com a gente ou com alguém próximo. O feminicídio é um câncer que acomete a nossa população, chega de silenciar e velar nossas mulheres”, desabafou.