Nestes tempos em que grudar no celular e caminhar sem ligar mais para nada virou epidemia, as redes sociais ganharam uma força nunca vista. Ainda não decisiva, como em outros países, mas já mostrando as unhas.
O consenso entre os marqueteiros: as redes sociais vieram para ficar, mas ainda estão na infância. O rádio e a tevê ainda dão as cartas.
De fato, nos primeiro dias da propaganda eleitoral gratuita (para os políticos, quem paga é a gente), as diferenças são muito bem explícitas. Nas propagandas, especialmente nas inserções comerciais, cada um dá o seu recado da forma mais convencional, na tradição fala para todos ouvirem.
Anarquia — Já nas redes a anarquia é geral, sem chefe, sem estilo, sem regras, tipo vatapá no ventilador.
Elas absorvem as propagandas convencionais, tipo santinhos, mas entra tudo, de todos, simultamente, e também o lixo, memes com ataques de todos os lados, como na foto de um grupo de presidiários reunidos, que diziam tratar-se do primeiro comício de Lula.
Claro que a criatividade tem cadeira cativa. As redes nasceram em 1997, ainda são coisa nova, e o lixo veio com os usuários, temperado com novos tipos de crimes, a exemplo das fake news e outros, o de gente que ganha para distribuir elogios gratuitos a candidatos e produtos. É o futuro chegando. Dizem que 2020 será pior.
Por Levi Vasconcelos