Robson Andrade, presidente da CNI desde 2010, está articulando uma extensão do seu mandato, que expira em 2022.
Segundo a coluna de Lauro Jardim, o pontapé inicial da campanha para dar mais dois anos de poder a Andrade (e à atual diretoria e ao conselho fiscal da CNI) acaba de ser dado.
Numa carta enviada a Robson Andrade, presidentes de oito federações estaduais de indústrias (Amazonas, Maranhão, Pará, Rondônia, Tocantins, Acre, Roraima e Mato Grosso) pedem a convocação de uma reunião para deliberar a ampliação dos mandatos.
Como justificam o pedido? Covid-19. Segundo o texto, a indústria brasileira está “enfrentando nesta difícil fase de transição da economia brasileira e as dificuldades agravadas pela pandemia”.
Eis um trecho da carta:
— O propósito desta extensão é possibilitar a continuidade do trabalho para fortalecimento da indústria nacional e para a geração de empregos e aumento de renda para os brasileiros, que já vem sendo executado por CNI, Sesi, Senai e IEL, bem como permitir à Diretoria o desenvolvimento e a implementação de ações para preservação do Sistema Indústria.
Por essa mesma lógica, governadores e o presidente da República poderiam tentar mais dois anos para resolver tantos e tantos problemas que enfrentam.
A propósito, perto da posse de Jair Bolsonaro, Paulo Guedes prometeu “passar a faca no Sistema S”. Não passou. Mas o Sistema S parece querer passar a faca nas eleições da CNI marcadas para 2022.