O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), afirmou em entrevista para a CNN nesta última quinta-feira (3) que um almoço que teria com dois secretários do ministro Paulo Guedes foi cancelado e que a sua interlocução a partir de agora será apenas com o Palácio do Planalto.
“A interlocução agora é com o [ministro-chefe da Secretaria de Governo Luiz Eduardo] Ramos”, disse o deputado, em entrevista ao repórter Chico Prado, após receber o projeto do governo para a reforma administrativa das mãos do ministro-chefe da Secretaria-Geral, Jorge Oliveira.
Maia ainda elogiou Ramos e atribuiu ao trabalho dele o avanço da pauta legislativa de interesse do governo Bolsonaro. “Pelo menos comigo, a relação com o ministro Ramos tem sido muito positiva e muito transparente”, comentou.
O fim do seu diálogo com o ministro da Economia não vai, segundo Maia, atrapalhar a agenda de votações da pauta econômica na Câmara dos Deputados.
“Eu não transfiro problema pessoal para a minha função como presidente da Câmara, como deputado federal”, afirmou Rodrigo Maia. “Meu compromisso é com o presidente da República”, completou.
O deputado diz conforme informou a CNN, que a exigência de uma comissão especial para a tramitação da Reforma Administrativa, apresentada nesta quinta, não é uma retaliação. Segundo Maia, esse é o trâmite ideal para que a proposta não possa ser questionada na Justiça.
“Se eu queimar etapa, a oposição vai ao Judiciário e ganha, porque regra é para ser cumprida”, disse o presidente da Câmara.
A respeito da proposta apresentada, Rodrigo Maia disse que os parlamentares vão discutir a inclusão do serviço público do Poder Legislativo, que não foi abarcado pelo texto do governo federal.