Em entrevista à rádio Metrópole o pré-candidato a prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM) disse na sexta-feira (28) que, se eleito, manterá “diálogo” com o governo de Rui Costa (PT), apesar de os dois serem adversários políticos. O postulante do DEM afirmou, ainda, que a parceria entre o chefe do Executivo baiano e o prefeito ACM Neto (DEM) foi “vital” no enfrentamento à pandemia de coronavírus.
“Com certeza (a união foi importante). Inclusive, é elogiada no Brasil todo. O exemplo da Bahia está sendo referência para até pautar a questão política em muitos lugares. É importante, que sempre que tiver o interesse da cidade, da população, este interesse esteja acima dos interesses político-partidários. (…) Essa união foi vital para que hoje a gente pudesse chegar aqui e ter alguns motivos – mesmo com todas as consequências – para comemorar. Imagine quantas vidas nós conseguimos preservar porque ambos abriram mão das suas posições política para colocar o cidadão em primeiro lugar. Em nenhum momento, o cidadão soteropolitano e baiano, que precisou do atendimento médico hospitalar, ( faltou). Ele achou esse apoio. Quem ganhou com isso foi as pessoas. Esse é o espírito público que tem que prevalecer sempre, e a cidade pode esperar esse mesmo posicionamento meu. Tenho minhas ideias, nossos pensamentos, estamos em campos políticos (diferentes), mas temos condições de dialogar, de conversar com os outros entes da federação”, declarou Bruno.
O vice-prefeito ressaltou que vai manter o diálogo, mas “preservando a independência e autonomia de Salvador”. “Salvador alcançou a capacidade de andar com as próprias pernas. (…) (Mas) vamos procurar os demais governos, organismos, para realizar sonhos mais audaciosos”, salientou. Bruno Reis afirmou ainda que os pré-candidatos a prefeito e vereadores terão que se adaptar na campanha por causa da pandemia.
“Essa vai ser uma eleição em que as redes sociais, que tinham força, vão ganhar mais força. A televisão, que estava perdendo, vai ganhar mais importância até porque é uma eleição somente para prefeito e vereador. Diferente da passada, que tinha seis cargos em disputa. Vai ser uma eleição diferente. Não vai ter caminhada. Não vai ter corpo a corpo. Não vai ter grandes reuniões. Comício, jamais. Eu acho que pode ter carreatas, porque as pessoas estão dentro de carros, e vai ser uma campanha virtual em que a gente vai ter que se adequar”, ponderou.