O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta sexta-feira (28) que quem define o “timing” sobre a prorrogação do auxílio emergencial e a criação do Renda Brasil é a política.
‘Eu sempre repito que o timing, quem dá é a política. Nós temos as simulações todas preparadas, agora o timing, o nível de auxílio emergencial, de Renda Brasil, tudo isso são decisões políticas’, afirmou Guedes na portaria do ministério, segundo o portal G1.
O ministro participou mais cedo de uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro e a cúpula do governo para decidir sobre o futuro dos dois programas sociais.
O encontro ocorreu após Bolsonaro criticar publicamente a proposta original da equipe econômica de acabar com benefícios como o abono salarial para bancar o Renda Brasil. Sobre a resistência do presidente, Guedes afirmou que esse debate é normal no governo.
‘É perfeitamente legítimo. ‘Olha, isso aqui está baixo, isso aqui está ruim, aquilo ali…’ Essas simulações estão sendo disponíveis’, acrescentou o ministro.
De acordo com fontes ouvidas pelo GLOBO, a equipe econômica aposta em transformar a prorrogação do auxílio emergencial em uma espécie de teste para o Renda Brasil. Questionado se o Renda Brasil será lançado só no ano que vem, o ministro não deu uma resposta definitiva:
‘Talvez antes, talvez no começo do ano que vem’, disse.
Guedes também não antecipou qual será o valor da prorrogação do auxílio nem o benefício médio do Renda Brasil, mas repetiu a recomendação de Bolsonaro de que os repasses fiquem acima de R$ 200 e abaixo de R$ 600:
‘Estamos tentando acertar os números. Mas está tudo claro, tudo tranquilo’, concluiu Paulo Guedes.