Em meio à abertura do refino, a Petrobras se prepara para lidar com a concorrência no setor. A estatal criou este ano uma diretoria dedicada exclusivamente à área de logística e comercialização e começa a traçar os planos para o horizonte pós-2021, ano em que a petroleira espera concluir a venda de oito de suas refinarias. Ao fim, a empresa passará a se concentrar apenas no eixo Rio-São Paulo. A ideia, porém, é continuar a competir nas demais regiões, via cabotagem, duto e rodovia, por exemplo.
“Vamos atuar nos mercados que pudermos chegar de forma competitiva, criando valor”, disse o diretor de logística e comercialização, André Chiarini, ao Valor
Do ponto de vista logístico, a expectativa é fazer investimentos pontuais, sobretudo na malha de dutos do Sudeste. Segundo o diretor, a Petrobras ainda está se debruçando sobre o planejamento da infraestrutura para o novo contexto de abertura do mercado. Ele antecipa, contudo, que os ativos da companhia são, em geral, suficientes para “atender adequadamente” ao mercado. A estatal também tem planos de participar de novas licitações de terminais portuários.
“Estamos avaliando investimentos para termos ainda mais flexibilidade para conectarmos um pouco melhor a nossa própria malha de dutos”, comentou Chiarini.