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quinta-feira 20 de agosto de 2020 às 11:36h

Como andam as negociações para a volta de Bolsonaro ao PSL

NOTÍCIAS, POLÍTICA


O presidente do PSL, deputado federal Luciano Bivar (PE), aceitou negociar a volta do presidente Jair Bolsonaro ao partido. Bolsonaro foi eleito pelo PSL em 2018, mas deixou a sigla após conflitos com o presidente nacional da legenda.

Os termos do acordo envolvem a revisão da suspensão de 12 parlamentares do PSL aliados ao presidente, a retirada da futura candidatura da deputada federal Joice Hasselmann à prefeitura de São Paulo, o controle do fundo partidário e o apoio incondicional a um candidato de Bolsonaro à presidência da Câmara em 2021.

Com o fim da suspensão, esses deputados que atualmente estão suspensos, entre eles, Eduardo Bolsonaro (SP), poderão participar de atividades na Câmara, como ocupar cadeiras nas comissões e cargos de liderança.

O presidente da sigla também quer ter garantias de que o grupo vai desistir da criação do Aliança pelo Brasil, legenda que o presidente Jair Bolsonaro tenta criar, mas que ainda não conseguiu o registro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e tem enfrentado dificuldades para se concretizar.

Durante uma live na semana passada, Bolsonaro anunciou que cogitava voltar para o PSL devido à burocracia de formar um novo partido. “A gente bota as condições na mesa de reconciliar, eles botam de lá para cá também”, disse.

Nos bastidores, Bivar teria admitido a aliados que teme um encolhimento do partido em 2022 caso o PSL não tenham um candidato forte à Presidência da República. Por outro lado, deputados que romperam com Bolsonaro reclamam que perderam trânsito na Esplanada dos Ministérios e isso comprometeu acesso a recursos que seriam destinados para suas bases eleitorais.

A reconciliação está sendo articulada pelo vice-presidente do PSL, Antonio Rueda, e conta com apoio de alguns parlamentares.

Desde o ano passado, deputados aliados do presidente Jair Bolsonaro estão em disputa com o presidente da legenda.

Ao ser abordado por um apoiador na porta do Palácio da Alvorada, Bolsonaro pediu a ele que “esquecesse” o partido e afirmou que Bivar estava “queimado para caramba”, em referência a investigações de candidaturas laranjas no PSL.

Logo após, os deputados bolsonaristas tentaram tirar o então líder na Câmara, Delegado Waldir (GO), do posto para que Eduardo Bolsonaro assumisse.

Além da suspensão de 12 deputados da sigla, houve troca de acusações nas redes sociais, vazamento de dossiês e disputas judiciais envolvendo apoiadores de Bivar e do presidente da República.

No entanto, a negociação entre as duas alas tem gerado críticas.

O senador Major Olímpio (PSL-SP) afirmou, no Twitter, que “se o PSL quiser mesmo lutar contra a corrupção, não é com Bolsonaro”.

“Dignidade não tem preço! Num dia ninguém do PSL presta, depois Bolsonaro quer voltar? Quem disse que o PSL o quer? Já se acostumou com o toma lá da cá do Centrão? Se a maioria tiver vergonha na cara, não aceita! Se o PSL quiser mesmo lutar contra a corrupção, não é com Bolsonaro”, disse.

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