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quinta-feira 13 de agosto de 2020 às 13:27h

Em acordo histórico mediado por Trump, Israel e Emiradores Árabes estabelecem relações

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do governo de Donald Trump, Israel e os Emirados Árabes Unidos chegaram a um acordo histórico, nesta quinta-feira, que levará a uma normalização total das relações diplomáticas entre as duas nações do Oriente Médio.

Sob o acordo, Israel concordou em suspender a anexação de áreas da Cisjordânia, segundo altos funcionários da Casa Branca. As autoridades descreveram o pacto, que será conhecido como Acordos de Abraão, como o primeiro do tipo desde que Israel e Jordânia assinaram um tratado de paz, em 1994.

Esse é o terceiro acordo de Israel com seus vizinhos no Oriente Médio — anteriormente, apenas Jordânia e Egito (1979) fecharam pactos diplomáticos. No caso dos Emirados, no entanto, nunca havia sido travada uma guerra, por isso trata-se de um acordo  de estabelecimento de relações diplomáticas formais, e não de paz. Tecnicamente, apenas Líbano e Síria possuem conflitos com Israel.

O acordo foi o produto de longas discussões entre Israel, Emirados Árabes Unidos e os Estados Unidos acelerados recentemente. Para o presidente americano, Donald Trump, trata-se de uma vitória diplomática meses antes da disputa pela reeleição, em 3 de novembro.

“Este histórico avanço diplomático irá acelerar a paz na região do Oriente Médio e é um testemunho da ousada diplomacia e visão dos três líderes e da coragem dos Emirados Árabes Unidos e de Israel para traçar um novo caminho que desbloqueará o grande potencial na região”, disse um comunicado conjunto emitido pelos três países envolvidos nas negociações.

O texto ainda afirma que representantes dos três governos irão fazer uma série de encontros bilaterais nas próximas semanas em diversas áreas, incluindo “investimentos, turismo, voos diretos, telecomunicações, tecnologia, saúde, cultura, meio-ambiente, o estabelecimento de embaixadas recíprocas, e outras áreas de benefícios mútuos”.

As anexações na Cisjordânia era uma das bandeiras eleitorais de Netanyahu e, após o acordo com o opositor Benny Gantz, foi a prioridade nos primeiros dias do novo governo. O plano de anexar até 30% do território ocupado deveria ter entrado em uma fase mais agressiva em 1º de julho, mas por conta do avanço da pandemia do novo coronavírus, foi adiado.

Segundo um alto funcionário israelense, no entanto, a suspensão é temporária e a anexação ainda está na agenda do governo, algo que grande parte do mundo vê como uma violação do direito internacional e uma nova barreira para o estabelecimento de um futuro Estado pale

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