Três nomes de dentro do Banco do Brasil (BB) ganham força para substituir Rubem Novaes na presidência da instituição.
Segundo o jornal O Globo, um deles é Carlos Hamilton Vasconcelos Araújo, atual vice-presidente de Gestão Financeira e Relação com Investidores do BB. Ele foi um dos primeiros a integrar a equipe de Novaes, ainda na transição de governo e seria uma solução de continuidade.
Outro é Hélio Magalhães, presidente do Conselho de Administração do BB. Ele é próximo ao secretário de Desestatização, Salim Mattar, e tem acompanhado de perto as medidas de desinvestimento do banco, além de ser muito atuante na atual função.
Segundo técnicos da equipe econômica, Mauro Ribeiro Neto, atual vice-presidente Corporativo do banco, também é um dos cotados. Ele é o braço direito de Novaes e responsável por todas as desestatizações do mandato. Tem experiência no serviço público e é considerado preparado por técnicos do banco. Tem pouco mais de 30 anos.
Novaes pediu demissão nesta sexta-feira ao ministro Paulo Guedes e ao presidente Jair Bolsaonro, que aceitaram o pedido. Segundo auxiliares de Guedes, o executivo teria alegado cansaço e desejo de voltar ao Rio, no fim de junho.
Em mensagem de despedida, enviada a amigos, Novaes fala de “ambiente poluído em Brasília e compadrios”:
“O ambiente poluído de Brasília não é para mim. Privilégios, compadrios, corrupção e muitos chantagistas profissionais criando dificuldades para vender facilidades. Além disso, é chegada a hora de passar o bastão para alguém mais jovem, neste mundo de tantas inovações tecnológicas”, escreveu Novaes.
Ao participar de uma recente videoconferência, realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Novaes criticou a política de Brasília:
“É muito difícil para a equipe de Paulo Guedes, o grupo de liberais, trabalhar no ambiente político de Brasília”, disse Novaes, acrescentando que sente como se fosse “um vírus do bem tentando entrar em um organismo doente”.
O pedido de demissão foi informado ao mercado no início da noite da sexta, por meio de fato relevante da instituição junto à Comissão de Valores Mobiliários (CVM, a controladora do mercado de capitais brasileiro). No comunicado, o BB informou que a substituição ocorrerá em agosto.