A Fórmula-1 anunciou nesta sexta-feira (24) que não realizará o Grande Prêmio do Brasil, no circuito de Interlagos, em razão da pandemia do novo coronavírus. A prova estava prevista para o dia 15 de novembro.
Além do Brasil, o avanço da doença também fez as corridas nos Estados Unidos, no México e no Canadá serem canceladas.
“Após discussões contínuas e estreita colaboração com nossos parceiros, também podemos confirmar que, devido à natureza fluida da pandemia contínua de Covid-19, às restrições locais e à importância de manter as comunidades e nossos colegas em segurança, não será possível competir no Brasil, EUA, México e Canadá nesta temporada”, afirmou a categoria, em comunicado.
Essa é a primeira vez desde 1972, quando estreou na F1 ainda sem valer pontos, que um GP do Brasil ficará de fora da temporada. É também a primeira vez nos 70 anos da categoria que o continente americano não terá uma etapa.
No começo de julho, o chefe da equipe Mercedes, Toto Wolff, já havia colocado em dúvida a realização da corrida em Interlagos.
Perda milionária
O cancelamento do Grande Prêmio do Brasil de Fórmula 1 representará a perda de um dos principais eventos de turismo para São Paulo, ainda que o impacto fosse menor neste ano por causa da pandemia do novo coronavírus.
No ano passado, o evento atraiu 158 mil pessoas para Interlagos nos três dias de disputas (os treinos na sexta e no sábado e a corrida no domingo), em novembro. Dois terços foram turistas de outras cidades, estados e países, que gastaram em média R$ 3 mil na capital paulista.
O impacto econômico para a capital paulista foi estimado em R$ 361 milhões, segundo o Observatório de Turismo e Eventos da São Paulo Turismo (SPTuris). A prefeitura estima gastos de R$ 30 milhões a R$ 40 milhões por ano para garantir a realização da corrida, em intervenções urbanas e obras na cidade e no autódromo.