Os deputados federais General Girão (PSL-RN) e Paulo Teixeira (PT-SP) avaliaram o dia de manifestações pró-governo Jair Bolsonaro em frente ao Congresso Nacional neste domingo (19). Em debate na CNN durante a tarde, eles comentaram também o desempenho federal no combate à pandemia do novo coronavírus.
“Estive presente na manifestação, uma marcha cristã em apoio a Bolsonaro e à nossa democracia, as pessoas demonstrando apoio ao que está acontecendo”, disse Girão, criticando não haver mais pontos para revista, o que, segundo ele, evitou o acesso de um maior número de manifestantes.
“As manifestações têm proclamado a volta à ditadura. É comum se ver faixas favoráveis a fechar o Supremo Tribunal Federal (STF), pedindo a volta do AI-5, e muitos jornalistas já foram agredidos. Muitas dessas manifestações estão sendo investigadas pelo STF por propor fechamento de instituições democráticas”, rebate Teixeira.
Covid e cloroquina
Os dois falaram também da gestão da saúde. “Bolsonaro contrariou as orientações do seu próprio ministro da saúde, o (Luiz Henrique) Mandetta, que indicava isolamento, e saía sem máscara por Brasília, tanto que contraiu a Covid. Ele colocou no ministério um militar que nada entende de saúde e indicou essa cloroquina, que todo o meio científico diz que faz mais mal do que cura. Esse governo não tem qualquer empatia com a vida humana. Dizer que morrer 1.200 pessoas por dia é estabilização é disparate. Isso é genocídio, não estabilização”, afirma o parlamentar do PT.
“O governo tem enfrentado com garra a pandemia de Covid-19. Lamento o uso da palavra ‘genocida’ pelos partidos de esquerda e que o crédito das mortes seja atribuído ao governo. Lamentamos muito que tenha tido óbitos, mas tivemos porque os hospitais não estavam aparelhados, culpa dos governos anteriores”, argumenta o deputado do PSL. Assista à íntegra acima.