O vereador Odiosvaldo Vigas (PDT), presidente da Comissão Temporária da Região Metropolitana e do Recôncavo da Bahia, elogiou a decisão conjunta do prefeito ACM Neto (DEM) e do governador Rui Costa (PT), por não autorizarem a reabertura integral do comércio em Salvador e na Bahia.
“Não temos as mínimas condições de tomar essa decisão e esta possibilidade de abre-e-fecha, com certeza, trará sérios prejuízos à saúde dos baianos. Reafirmo que o capital, o dinheiro, não pode vir à frente de vidas. Precisamos neste momento de cautela e de prudência”, argumentou. Ele criticou as pressões para a reabertura do comércio em Salvador e defendeu ACM Neto por este ter afirmado que não vai ceder diante das críticas e protestos. “Ressalto ainda que o prefeito tem repetido que qualquer decisão será tomada com base em critérios técnicos, quando os números relacionados ao novo coronavírus indicarem a possibilidade do retorno das atividades de forma segura”, justificou Odiosvaldo.
Odiosvaldo Vigas citou ainda as pressões que o governador e os prefeitos têm sofrido, citando o exemplo de Itabuna, onde Fernando Gomes chegou a se exasperar ao afirmar que a abertura do comércio, de forma desenfreada, resultaria em mortes. Já Rui Costa, pressionado pela Fecomércio-BA (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia), questionou se é aceitável que três mil pessoas passem a morrer por mês para que as atividades econômicas voltem a funcionar completamente em todo o estado.
Odiosvaldo Vigas salienta ainda que o assunto deve ser discutido entre representantes do Executivo, Legislativo, área da Saúde, empresários e trabalhadores. “E não é por causa de protestos que o prefeito e o governador irão ceder. Os dois não estão insensíveis à reivindicação, mas friso que se a abertura for feita de forma irresponsável, a cidade pode recuar no afrouxamento das regras de forma ainda mais rigorosa”, observou o vereador.
Ele alerta, ainda, que em razão do número de óbitos e contaminações, Salvador corre riscos de sofrer lockdown, o que resultaria em medidas mais extremas de isolamento social.