Em reunião da Comissão Externa do Coronavírus na Câmara dos deputados nesta última quarta-feira (1º), Jorge Mazzei, diretor executivo da farmacêutica AstraZeneca Brasil, afirmou que a vacina não terá fins lucrativos enquanto durar a pandemia.
“Estamos em Estado de Guerra para conseguir produzir e fornecer, inicialmente, 2 bilhões de doses dessa vacina. No momento em que a vacina se comprovar segura, já teremos condições de fornecimento. Nesse momento não existe lucro, o principal é garantir a distribuição homogênea no maior número possível de países”, disse.
A reunião com representantes da empresa biofarmacêutica que está desenvolvendo vacina para o novo coronavírus em parceria com a universidade de Oxford foi convocada pelo presidente da Comissão, deputado Dr. Luizinho (PP-RJ). O Brasil é o primeiro país fora do Reino Unido a iniciar a fase três de testes com a vacina.
Também parte da AstraZeneca Brasil, a Diretora Médica Maria Augusta Bernardini explicou que a Fiocruz fará a parte de processamento para a distribuição. A produção será em duas etapas: na primeira, a empresa irá transferir a tecnologia para a produção da vacina para a Fundação Oswaldo Cruz. Na segunda etapa, haverá a transferência de produção de Insumos Farmacêuticos Ativos.
Metade dessa população vai receber a vacina experimental, e a outra metade um ativo comparador. Os voluntários serão acompanhados durante um ano, mas com avaliações preliminares periódicas de eficácia. “Entre os meses de outubro e novembro, esperamos já ter resultados preliminares de eficácia a partir dessa análise dos pacientes brasileiros e do Reino Unido”, disse a diretora.
Também participaram do debate, que ocorreu por videoconferência, representantes da Fundação Lemann, que financia os testes da vacina em São Paulo, e do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino, que financia os primeiros mil testes no Rio.