O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi aconselhado a não correr para escolher o novo ministro da Educação. Interlocutores do Planalto afirmam que há pressa, mas o governo não pode errar de novo. Defendem um raio X-na lista de cotados para não dar novo “tiro n’água”, disse um assessor palaciano.
O favoritismo de Anderson Correia, diretor do ITA (Instituto Tecnológico da Aeronáutica), foi colocado em dúvida por interlocutores próximos a Bolsonaro, nesta quarta-feira (1). Ele disputa com nomes que já fazem parte da estrutura de governo, como Sérgio Sant’anna e Ilona Becskeházy, que ocupam função de secretários no MEC. Há outras opções na lista.
Enquanto isso, conforme a CNN, o governo criou uma agenda nesta quarta-feira para mostrar que o Ministério da Educação continua trabalhando, ainda que comandado por um interino.
O secretário executivo da pasta, Antonio Vogel, que também é cotado para titular, concedeu duas entrevistas coletivas hoje. Ele falou das datas para o Exame Nacional do Ensino Médio e também de providências para a retomada das aulas no pós-pandemia – assunto que o governo classifica de alta prioridade.
Vogel fez uma apresentação em que inclui como meta ampliar o acesso à internet para alunos de universidades públicas e institutos federais, para as aulas virtuais. E ainda um protocolo de biossegurança, com diretrizes para as redes e instituições de ensino sobre volta às aulas presenciais.
Era para Carlos Alberto Decotelli, que pediu demissão ontem, participar dessa coletiva. Ele, no entanto, não tomou posse devido a inconsistências no currículo e entregou o cargo. Uma das preocupações do governo era de que as medidas apresentadas por Decotelli à frente do MEC saíssem contaminadas pelas polêmicas em que o então ministro se envolveu.