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quarta-feira 1 de julho de 2020 às 05:11h

Vereadora cobra explicações sobre tentativa de apropriação do campo de Canabrava

POLÍTICA


Líder do PT na Câmara de Salvador, a vereadora Marta Rodrigues pediu às secretarias municipais da Fazenda (Sefaz), e do Trabalho, Esporte e Lazer (Semtel), que expliquem a situação do campo de futebol no bairro de Canabrava, que foi palco, na manhã de sexta-feira (26), de tensão entre moradores e homens não identificados que se disseram proprietários do local.

De acordo com relatos dos moradores, os supostos proprietários chegaram com uma retroescavadeira para murar o campo, que há 40 anos tem servido como espaço de lazer e de formação dos moradores. Para Marta Rodrigues, é preciso que as secretarias expliquem a situação, uma vez que a comunidade tem uma certidão da Sefaz datado de 2010, mostrando que a área é de domínio público.

“A comunidade está resistindo e questionando, com toda razão. No documento, a Sefaz explica que a área localizada na Rua Arthêmio Castro Valente, logradouro número 4446, é plana e é de domínio público caracterizado como campo de futebol. As secretarias precisam explicar o que está acontecendo e por que um grupo privado reivindica o lugar”, acrescentou a vereadora.

Tombamento

Marta ressalta que apresentou, em fevereiro deste ano, um projeto de lei (14/2020) que acrescenta dispositivos à Lei Municipal nº 8.550, de 28 de janeiro de 2014, que institui normas de proteção e estímulo à preservação do patrimônio cultural do município de Salvador. O objetivo da proposta da petista é o de incluir dentre os bens possíveis de tombamento no município também os campos de várzea, ou seja, campos de futebol amador. “Peço no projeto que inclua na lei de tombamento municipal também estes espaços.

Reforçamos a importância dos campos de várzea, que se tornam locais de convivência e de formação”, esclareceu.

“Os campos de futebol de várzea/amador têm valor imensurável para a cultura de nosso município. Acompanhamos a grande quantidade de campos de várzea que Salvador possuía, uma realidade distante da de hoje, o que nos impõe, no mínimo, a preservação dos que ainda restam para manter viva essa cultura”, pontuou.

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