O vereador Odiosvaldo Vigas (PDT), que é médico, disse que está preocupado com o aumento diário de infectados e de óbitos pelo novo coronavírus. “Não sabemos realmente qual é a taxa de prevalência do vírus na população, nem o percentual de subnotificação, já que o Brasil fez poucos testes até o momento para detectar a doença, enquanto outros países fizeram o dever de casa”, destacou.
Odiosvaldo disse ainda, em tom de alerta, que o país sequer saiu da primeira onda de contaminação e a possibilidade de uma segunda onda do vírus deve ampliar os problemas de saúde. O parlamentar atenta para o grande número de infectados e de óbitos no Brasil e diz que esse controle poderia ser melhor se houvesse a participação e ação efetivas do governo federal.
Pressão econômica
Odiosvaldo também critica a pressão de setores da economia para que os governos estadual e municipal flexibilizem e abram o comércio. “Isso, mesmo com o aumento do número de infectados e de morte, num país de dimensão continental e heterogêneo como é o Brasil, e que ainda não enfrentou um genocídio por causa das ações e acertos dos governos estaduais e municipais no combate à doença”, enfatizou.
Conforme o vereador, o país convive com uma grave crise sanitária, política e econômica. Ele cita o cancelamento da festa de São João na região Nordeste para cortar a cadeia de transmissão. “Isso mostra a gravidade da situação, a necessidade de distanciamento e isolamento social”, frisou.
Eleições – Sobre a possibilidade de adiamento das eleições deste ano, Odiosvaldo Vigas defende um entendimento com o eleitor, lembrando que em julho serão realizadas as convenções partidárias municipais e que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) pode determinar que esse encontro seja virtual. “Entendo que tudo deve ser combinado com os partidos políticos e com os eleitores, que são os atores principais no processo”, sugeriu.