Considerando os 16 países avaliados, Brasil é o que mais crê que fim do isolamento social colocará pessoas em risco, diz pesquisa Ipsos
Em todo o Brasil, planos de afrouxamento do isolamento social para retomada de serviços e outras atividades começam a ser colocados em prática por autoridades das esferas municipais e estaduais. No entanto, segundo o novo levantamento da Ipsos, a iniciativa parece ir na contramão do que deseja a população.
De acordo com o estudo Tracking the Coronavirus, realizado com entrevistados de 16 nações, sendo 1000 brasileiros, 71% dos ouvidos no país acreditam que a reabertura de comércios colocaria muitas pessoas em risco. Por outro lado, para 29%, o risco é mínimo e é necessário que a economia volte a funcionar.
Considerando todos os países participantes da pesquisa, é o Brasil quem mais teme a reabertura dos negócios. A Índia, em segundo lugar com 69%, e México e Coreia do Sul, empatados em terceiro lugar com 65%, também acham que a medida pode trazer perigo à sociedade. Na outra ponta, China (35%), Itália (36%) e França (41%) são os que menos veem risco na abertura dos negócios.
Desemprego em pauta
Além das preocupações relativas à saúde, a pandemia de Covid-19 trouxe também muita incerteza em relação ao mercado de trabalho. Apenas 42% dos brasileiros acreditam que os empregos perdidos serão recuperados ao fim do período de quarentena. Os países com índices mais altos de pessimismo são França (23%), Itália e Espanha (ambos com 31%) e Japão (32%).
Por outro lado, na Índia, há uma onda otimista: 73% dos ouvidos locais creem que os empregos serão recuperados. Em segundo lugar, está a Alemanha, com 51%. Com 49%, o México fica em terceiro.
A pesquisa on-line foi realizada com 16 mil entrevistados de 16 países entre o período de 21 a 24 de maio de 2020. A margem de erro é de 3,5 p.p..