A Tropa de Choque atua agora na dispersão do ato ocorrido na Zona Oeste de São Paulo, caminhando em sentido contrário à intenção de pequeno grupo de manifestantes remanescentes que planejavam seguir até a Avenida Paulista. Jornalistas foram aconselhados a se manter atrás da linha de bloqueio: “Quem estiver na frente é alvo”.
Com presença do ouvidor das polícias, Elizeu Soares Lopes, ficou acordado que a marcha seguiria até o metrô Clínicas, onde se encerraria.
A reportagem testemunhou, ao lado de Lopes, troca de agressões entre policiais e manifestantes. Questionado pelo UOL, o ouvidor se afastou sem comentar a cena. PMs atiraram bombas e dispararam tiros de bala de borracha enquanto o ouvidor defendia atuação da polícia. Mais cedo, policiais deram tapas na nuca de pessoas que passavam pelo bloqueio.
Há forte cheiro de gás de pimenta no local, onde foram disparadas bombas de efeito moral e balas de borracha. Dezessete pessoas foram detidas ao todo, alguns portando coquetéis molotov, madeiras e socos ingleses.
“Se nós não tivéssemos tirado esses coquetéis molotov, essas madeiras, esse soco inglês… Muita coisa pior poderia ter acontecido. A polícia está ajudando a proteger as pessoas”, afirmou à CNN o coronel Álvaro Camilo, secretário-executivo da PM em SP.
Ato foi pacífico durante a tarde
Até o final da noite, o ato ocorreu sem grandes ocorrências, como confirmou à CNN o porta-voz da PM Emerson Massera. “As duas manifestações acontecem de maneira pacífica”.
Os bloqueios foram negociados entre as lideranças e a PM (Polícia Militar), com participação de observadores da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil).
“A polícia cedeu onde deveria ceder. Daí para frente, a gente não vê com bons olhos a atividade de querer subir para a região da Paulista. E quebrando vidraça, como aconteceu. É para proteger o cidadão e o patrimônio.”, afirmou o coronel Álvaro Camilo.
À tarde, participantes impediram uma ocorrência de tentativa de vandalismo a uma agência bancária. Segundo a PM, a estimativa é de ter havido 100 pessoas na avenida Paulista, em apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), e 3 mil contra no Largo da Batata.