Em maio o Índice de consumo das Famílias (ICF) da cidade de Salvador, apurado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA) registrou queda de 18,3% ao passar de 104,3 pontos em abril para os 85,2 pontos, o menor patamar desde janeiro de 2018. Na comparação anual, a retração foi de 12,2%. O destaque negativo do indicador ficou por conta do item Movimento para Duráveis que recuou de 37,5%, atingindo 47,8 pontos, o menor patamar da série histórica. As informações foram analisadas pela equipe de Conjuntura Econômica da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento.
A retomada das atividades empresariais no estado foi discutida em videoconferência pelo governador Rui Costa e o presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Ricardo Alban, além de membros da diretoria e conselheiros da entidade. O governador informou que ficou acordada a criação de uma comissão para discutir o retorno às atividades juntamente com adoção de protocolos de segurança. Esta comissão será formada por secretários da administração estadual e integrantes das Federações do Comércio, Indústria e Agricultura. Segundo o governador, a previsão é de que a primeira reunião ocorra entre 01 a 05/06, e tem por objetivo fazer um planejamento da retomada e aceleração da geração de emprego e da renda na Bahia após a pandemia.
Os dados do mercado de trabalho formal, divulgados pela Secretaria Especial de Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, com as informações do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que emprega dados do Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas e do Empregador Web, indicaram que Bahia fechou 32.482 postos de trabalho com carteira assinada em abril de 2020. O resultado decorre da diferença entre 23.170 admissões e 55.652 desligamentos. No ano, o Caged aponta um saldo negativo de 37 mil postos de trabalho na Bahia. Desde janeiro, foram admitidos mais de 172 mil trabalhadores no estado, enquanto houve registro de mais de 210 mil demissões no quadrimestre. Na região Nordeste, o quadro é inferior apenas ao de Pernambuco, que teve o fechamento de 53 mil vagas.