A Justiça manteve na terça-feira (7) a decisão que havia determinado que João Arcanjo Ribeiro, ex-bicheiro conhecido como “Comendador” e condenado por vários crimes em Mato Grosso, perdesse cerca de R$ 700 milhões em bens.
Durante julgamento realizado pela 3ª turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, a Advocacia-Geral da União (AGU) defendeu que a perda dos bens é resultado da condenação sofrida por João Arcanjo pelos crimes de lavagem de dinheiro e empréstimos fraudulentos.
Segundo a AGU, Arcanjo teve “mais de dez anos para demonstrar que seus bens (ou parte deles) não tinham sido adquiridos como produto ou proveito dos crimes”, mas não o fez durante o andamento da ação.
O TRF-1 acatou a manifestação da AGU por unanimidade e manteve a decisão de perda dos bens. Entre os itens que o “comendador” perdeu estão dezenas de imóveis, uma aeronave, uma rede de postos de combustível e um hotel de luxo nos Estados Unidos.
Com a declaração de perda, os bens poderão ser leiloados e o valor arrecadado será destinado a políticas públicas.
Entenda o caso
João Arcanjo Ribeiro, conhecido como “comendador”, já foi acusado de vários crimes, entre eles homicídio, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e crimes contra o sistema financeiro.
Juntas, as penas impostas a ele já somam mais de 87 anos. No início deste ano, por uma audiência na 2ª Vara Criminal de Cuiabá, João Arcanjo conseguiu a liberdade após cumprir 15 anos da pena na prisão.