Objetivo da vereadora é amparar mulheres agredidas durante a quarentena
Durante a quarentena para evitar a proliferação do coronavírus, as mulheres que são vítimas de violência doméstica não encontram alternativa para denunciar as agressões. No intuito de reduzir os impactos desse tipo de crime, que segundo o Ministério da Mulher teve um aumento de 18% no país em função do isolamento social, a vereadora Marcelle Moraes (DEM) sugere a criação do código “Máscara Vermelha” para sinalizar, por meio da simulação de pedidos a farmácias, essas ocorrências.
O alerta seria dado em ligações simulando pedidos pelo sistema delivery. De acordo com projeto de indicação de Marcelle que tramita na Câmara Municipal, os funcionários das farmácias da capital baiana deverão ser alertados para quando receberem chamadas solicitando “máscara vermelha”. Nesse momento, o farmacêutico informará que não dispõe do produto e, em seguida, anotará os dados da “cliente/vítima” para repassá-los ao serviço Ligue 180, canal nacional de denúncias de assédio e violência contra a mulher.
“É histórico e característico que o agressor seja, na maior parte das vezes, uma pessoa da família ou muito próxima. Por isso, durante a quarentena, estamos reforçando os mecanismos que amparem mulheres que estão passando por essa situação”, esclarece Marcelle.
Dados
Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, divulgados no final de março, apontam aumento de 18% entre as denúncias recebidas entre os dias 17 e 25 de março – período em que as políticas de isolamento foram intensificadas no País -, comparado aos dias 1 e 16 do mesmo mês.