Com a anulação da nomeação de Alexandre Ramagem para o comando da Polícia da Federal, novos nomes surgiram na bolsa de apostas do órgão:o superintendente de Goiás, Josélio Azevedo de Sousa, e o superintendente do Amazonas, Alexandre Silva Saraiva.
Josélio é visto como “um quadro muito qualificado” entre os pares. Segundo a coluna de Bela Megale, ele ficou conhecido pelo seu trabalho envolvendo políticos com foro privilegiado nos anos mais quentes da operação Lava-Jato. Foi Josélio quem estruturou o chamado “Sinq”, grupo de delegados que responde pelos inquéritos que correm no Supremo Tribunal Federal. Além disso, Josélio tem boa relação com o ministro da Justiça, André Mendonça.
Já Saraiva enfrenta resistência interna. O motivo é que o nome dele era o favorito de Bolsonaro para assumir a chefia da PF no Rio quando Bolsonaro fez sua primeira tentativa de intervenção do órgão, no ano passado. Ele queria tirar o então superintendente Ricardo Saadi para colocar Saraiva no lugar. A tentativa não prosperou.
Anderson Torres, secretário de segurança Pública do Distrito Federal, que chegou a ser cotado para o posto com Ramagem, tem poucas chances, na avaliação da PF, pois seu nome correria o risco de também ser derrubado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).