Por seis votos a um, o projeto de lei que pedia a suspensão da meia passagem para estudantes de Salvador, por tempo indeterminado, foi arquivado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara de Vereadores nesta segunda-feira (27).
O arquivamento foi apontando pelo edil Luiz Carlos Suíca (PT) como uma vitória para os estudantes soteropolitanos e marca a atuação da Casa Legislativa durante a crise sanitária que o país passa atualmente. A votação aconteceu de forma remota e a sustentação do vereador fez com o que outros pares mudassem o voto pelo arquivamento da medida.
O voto separado de Suíca foi seguido pelo presidente da Comissão e pelos membros da comissão, o único voto contrário foi da autora da proposta, a vereadora Lorena Brandão (PSC). “Isso não era coisa de Deus não! Como pode querer retirar direitos em um período tão difícil desse, ainda mais sem prazo para findar a suspensão? Venceu a sensatez, a CCJ está acompanhando tudo de perto e tomou uma decisão acertada. Todos sabem da dificuldade que é para os estudantes e suas famílias, além do mais, Salvador tem uma das passagens mais caras do país. Então, o direito é válido. Qualquer pessoa lúcida sabe que direito é inegociável”.
Os estudantes apontaram a importância do benefício e destacaram a “briga de Suíca” para derrotar a medida “que só beneficiaria as empresas, que já têm lucros exorbitantes”. O fundador da Associação de Grêmio e Estudantes de Salvador (Ages) e secretário de Comunicação do PT Salvador, Gilcimar Brito de Souza, frisa que Suíca encampou a luta da comunidade estudantil da capital. “Ao apresentar voto separado ele fundamentou e descreveu a dificuldade das famílias neste período de pandemia e conseguiu que fosse rejeitado o projeto. Nosso direito foi mantido”.