No universo de 2987 empresas ouvidas uma sondagem do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV), 70% concentram suas respostas sobre o período entre quatro e seis meses para a economia retomar a trajetória de crescimento após a quarentena por conta do coronavírus.
Em todos os setores, a maior parte das empresas projeta que o coronavírus impactará suas atividades no 2º e no 3º trimestres de 2020. Em alguns segmentos, como hiper e supermercados, há uma heterogeneidade na expectativa de recuperação, que fica entre 4 e 6 meses ou em mais de 9 meses, após o fim da crise.
“Vale ressaltar que existem empresas esperando uma demora maior da retomada. 37% esperam que ocorra em mais de nove meses. Porém, há quase um empate com o grupo de empresas que consideram a normalização dos negócios entre quatro e seis meses, 35,3%”, disse Rodolpho Tobler, economista do Ibre/FGV e um dos responsáveis pela pesquisa.
Essa diferença, de acordo com ele, pode ser explicada pela resposta de estabelecimentos de menor porte, ou que ficam em localidades onde o consumo está mais restrito, dedicado a itens essenciais. “Outro ponto de cautela que os empresários podem estar considerando é a demora que o mercado de trabalho, e consequentemente a renda das famílias, devem apresentar nessa recuperação”, concluiu.