O ex-presidente boliviano Evo Morales se manifestou contra o possível adiamento para 2021 das eleições de seu país, insinuando que seus opositores estariam se “aproveitando” da pandemia.
“Seria um erro grave fazer outra convocação. Seria fatal. Não sei se o povo vai suportar isso até o próximo ano. Um governo de transição tem que garantir as eleições o mais rápido possível. A isso se chama governo de transição”, afirmou Morales nesta última segunda-feira.
“Eles pediram para adiar as eleições usando (a pandemia do) o coronavírus. O coronavírus caiu como uma luva para que a direita possa adiar (as eleições)”, acrescentou.
A Bolívia, atualmente em quarentena, planejava realizar eleições em 3 de maio, após o cancelamento das eleições de 20 de outubro de 2019, nas quais Morales optou pelo quarto mandato.
De acordo com uma pesquisa realizada em meados de março pela agência de pesquisa Ciesmori, o candidato do Movimento para o Socialismo (MAS), Luis Arce, herdeiro político de Evo Morales, lidera as intenções de votos com 33,3%, seguido pelo ex-presidente centrista Carlos Mesa com 18,3% e a presidente provisória Jeanine Áñez com 16,9%.