Em conversa com aliados de Jair Bolsonaro pouco antes de ser anunciado ministro da Saúde, nesta quinta-feira (16), o oncologista Nelson Teich evitou criticar Luiz Henrique Mandetta nominalmente, mas apontou várias “falhas” no trabalho do antecessor.
Segundo a coluna de Bela Megale, Teich afirmou que o Brasil “está tratando a crise do coronavírus como se estivesse na década passada” por não ter feito estudos mais profundos sobre o comportamento da doença no Brasil.
O médico alertou o presidente e ministros que pode demorar até 15 dias para colher os dados que precisa e, assim, definir estratégias que pretende adotar à frente da pasta. Sinalizou, porém, que ao menos em alguns estados do país, o isolamento social deve ser afrouxado. Segundo relatos, Teich disse que o Amazonas não deve ser um desses lugares e reconheceu que o sistema hospitalar local já está colapsado.
Em um exercício de futurologia, o presidente Jair Bolsonaro afirmou ao novo ministro e a aliados que acredita que, no mês que vem, nenhum país no mundo estará mais em isolamento social. Mandetta disse em seus últimos dias à frente da pasta da Saúde que o pico de casos da covid-19 no Brasil está previsto para os meses de maio e junho.